No IBILCE, Instituto de Biociências de São José do Rio Preto/SP, Campus da UNESP existe uma população de gatos que são abandonados pela comunidade a sua volta. Esses gatos, em sua grande maioria, são muito ariscos e de difícil aproximação. Voluntários se propõem diariamente a cuidar desses animais alimentando-os, castrando-os e, quando possível, resgatando-os.
A atual direção do IBILCE/UNESP proibiu a alimentação dos gatos abandonados no campus, ignorando a parceria feita pela gestão anterior e colocando em risco todo o trabalho realizado pela PROAMBI, até o momento.
A alegação para tal fato é de que a água dos gatos seriam focos de dengue. Foi infamado que as protetoras lavam as vasilhas e trocam a água diariamente, portanto, a acusação não procede. Existem inúmeras notificações da Vigilância Sanitária apontando focos de dengue, inclusive com larvas, em materiais armazenados pela Universidade (fotos de possíveis focos – aguardando chuva – anexas abaixo).
Observou-se ainda o comprometimento do trabalho voluntário (castrações e adoções), para com os “animais comunitários” do Ibilce, protegidos pela LEI 12.916/98, de autoria do Dep. Feliciano Filho, o que minimizava a ação dos grupos de extermínios que agiam dentro do compus.
Vale ressaltar que a PROAMBI apresentou propostas para minimizar a entrada de animais errantes nas dependências do campus e nos prédios internos, mas nenhuma medida foi tomada.
Apesar de toda argumentação acima ter sido apresentada, o Diretor do Campus, Prof. Carlos Roberto Ceron, ignorou qualquer tentativa de diálogo e proibiu a alimentação dos gatos.
O que entristece os protetores é que esses fatos ocorrem dentro de uma UNIVERSIDADE, onde existem cursos de Biologia e Química Ambiental, e cujo próprio diretor é um biólogo. Esperava-se que tal ambiente propagasse ações éticas, de conscientização ambiental (respeito a todas as formas de vida), no auge do debate social sobre desenvolvimento sustentável.
Essa direção rompe o diálogo e compromete todo um trabalho desenvolvido, que sempre propôs somar esforços para minimizar os problemas, mas que jamais encontrou respaldo na atual administração.
Dia 21/07/2010 foi encontrado dentro do IBILCE, o corpo de um gato, aparentemente saudável, morto por causas desconhecidas. Recomeçará a matança???
5 comentários:
Eu posso concordar que a Direção deve se abrir para diálogos, e se realmente a equipe voluntária for eficiente do jeito descrito acima, poderia haver um consenso e uma segunda chance. Mas é muito doloroso para mim, uma ex-estudante do IBILCE e ex-aluna do Prof. Ceron, ler essa reportagem com tanto exagero quanto à conscientização ambiental da comunidade Ibilceana. A descrição pode causar uma falsa idéia sobre o Instituto que é composto por grandes profissionais. Declaração de uma ex-estudante de Biologia.
Vale ressaltar também que em junho foi encontrado um gato com raiva dentre esses gatos acolhidos pela proambi (conforme reportagem da tv tem, não lembro exatamente a data). Cuidar destes gatos dentro da universidade é realmente a melhor solução?
Como estudante de Biologia do câmpus de Rio Preto concordo que TODA FORMA DE VIDA DEVE SER RESPEITADA, desde que não traga prejuízos à outra!DEntro da universidade funciona uma escola infantil e, visto que gatos são animais que transmitem TOXOPLASMOSE (doença neurocomprometedora)e crianças e gestantes constituem o grupo de maior risco, acho q deveria ser SÉRIAMENTE repensada a idéia de tornar a faculdade um local de simples DESOVA dos gatos!Quanto às pessoas que "cuidam" destes gatos, a PROAMBI, como uma instituição séria q é, deveria inestigar se realmente ocorre o cuidado, pois posso dizer que ele não ocorre, uma vez que permaneço no IBILCE o dia todo!
Sabemos que o problema com os gatos no Ibilce ocorre principalmente pela falta de consciência da comunidade que abandonam-os lá causando vários transtornos.Acho que realmente, o ibilce não é um bom lugar p abrigá-los, porém não devemos ignorar esse sério problema,pois estamos lhe dando com vidas. Acho que a solução seria achar um lugar apropriado, onde esses gatos possam ser tratados de forma adequada e respeitosa, assim como cuidar da conscientização da comunidade a respeito da responsabilidade que é ter um bicho, seja um gato, um cachoro, etc.E como estudante de Biologia do ibilce, afirmo que o HOMEM tb transmite diversas doenças e muito mais graves do que TOXOPLASMOSE, como AIDS por exemplo,que inclusive não tem cura, e que se ele tivesse consciência de que é apenas MAIS uma FORMA DE VIDA no mundo aposto que nenhuma dessas doenças existiriam.
A população de gatos do Ibilce vem aumentando muito e causando problemas econômicos (entram em laboratórios e salas, quebrando ou danificando equipamentos) e têm um grande potencial para a disseminação de doenças (há fezes e urina por vários locais dentro dos prédios). O pior é que quanto mais são alimentados, mais procriam e aumentam em número. A alimentação também tende a ser aumentada pelos "amigos dos bichos", gerando mais filhotes e elevando ainda mais a população. Ou seja, aqueles que alimentam os animais estão sendo irresponsáveis com os próprios bichos. Onde isso vai parar? E os pássaros e os gambás que são caçados pelos gatos? Esses não merecem consideração ou compaixão? Um administrador seria inconsequente se não tomasse alguma atitude. Qualquer pessoa com conhecimentos elementares em biologia deveria entender o princípio do equilíbrio nos ecossistemas. Nem sempre "boas ações" resultam em bem-estar. Infelizmente, a biologia tem um lado aparentemente cruel (quem nunca viu uma leoa matar um gamo jovem?) e imprescindível para estabelecer o equilíbrio das coisas (e um menor sofrimento de todos). Essa questão não pode ser sustentada apenas por paixão. Também deve ser encarada com razão, buscando o bem-estar geral. Nesse sentido a ProAmbi tem agido inconsequente e levianamente, com acusações infundadas e ações descabidas. Maus-tratos? Se todo mundo que não quer mais um gato resolve jogar os bichanos na sua casa (como fazem no Ibilce), vc se torna responsável pelo trato, cuidados médicos e alimentação desses abandonados? Pouco provável. Essa organização presta um desfavor à causa ambiental, atuando com um radicalismo irracional e estabelecendo uma situação de confronto, quando deveria buscar entendimento. Lamentável.
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