28 de março de 2010

POSTER QUE MOSTRA CÃO COMO HITLER CAUSA POLÊMICA NA GRÃ-BRETANHA

Um pôster de uma ONG criticando criadores de cães de raça e que mostra um pequeno cão com um bigode no estilo do ditador Adolf Hitler causou polêmica na Grã-Bretanha.

O cartaz da organização Pessoas Pelo Tratamento Ético dos Animais (Peta, na sigla em inglês) traz a legenda “Raça superior? Errado para as pessoas. Errado para os cachorros. Boicote os criadores. Adote.”


O cartaz faz parte de uma campanha encorajando os britânicos a adotarem cães encontrados em abrigos de animais em vez de comprá-los.


O Kennel Club, entidade que representa os criadores no país, entrou com queixa contra o cartaz, mas a autoridade que regula a publicidade na Grã-Bretanha (ASA, na sigla em inglês), considerou-o "não ofensivo".


O pôster foi mostrado pela primeira vez em Birmingham, durante a realização da Crufts, a maior exposição de cães de raça do mundo, conhecido também como o "Oscar canino".


Ele mostra um cão da raça maltês com um pente preto estrategicamente colocado logo abaixo de seu focinho, dando a impressão de um bigode de Hitler.


Em 2008, a BBC anunciou que ia suspender a cobertura do Crufts – um dos eventos mais populares do gênero – enquanto aguardava investigações sobre a saúde e o bem estar dos cães de pedigree da Grã-Bretanha.


A decisão foi tomada depois que um programa de TV da BBC identificou graves questões afetando a saúde de raças resultantes de cruzamentos promovidos por criadores.


A preocupação também fez com que a Sociedade Protetora dos Animais britânica retirasse o apoio ao evento em 2008.


A ASA afirmou ter analisado cuidadosamente três reclamações sobre o pôster, “mas não considerou que há base para uma investigação formal”.


Segundo a autoridade, apesar do conteúdo emocional da imagem e do texto, o pôster não deve causar grave ofensa a um grande número de pessoas e os consumidores entenderiam que uma propaganda expressa uma opinião.


Uma porta-voz da Peta, Poorva Joshipura, afirmou que não é o anúncio que é ofensivo, “mas sim a falsa e perigosa crença de que algumas raças são superiores a outras”.
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Fonte: BBC Brasil

26 de março de 2010

VOTO SENCIENTE - SAIBA QUAIS POLÍTICOS AGIRAM CONTRA O INTERESSE DOS ANIMAIS

Esta nova página do site Sentiens relaciona políticos que agiram contra os interesses dos animais.
Não dê seu voto para aqueles que contribuíram para a promoção ou perpetuação de abusos contra os animais.
A página já relaciona 7 políticos:

Fonte: Sentiens

23 de março de 2010

PARA PUNIR O ANIMAL, DIRETOR DE TV VENDE O PRÓPRIO CAVALO PARA PUXAR CARROÇA

Há cerca de um ano e meio, o diretor, roteirista e fotógrafo Estevão Ciavatta, que também é marido da atriz Regina Casé, sofreu um acidente ao cair de seu cavalo. O animal estava com Estevão havia dez anos, sempre disponível, a postos para atender suas necessidades. Certo dia, “ousou” desobedecer ao comando do seu montador. A consequência foi a queda de Estevão, que ontem deu a seguinte declaração a O Globo sobre o ato de seu cavalo:

“Popó era meu há dez anos. Naquele dia, andei um quilômetro, saltei e remontei. Ele quis retornar à cocheira. Quando virei-o para o lado que eu queria ir, ele deu um pinote. Agarrei-me ao pescoço e, ao voltar meu corpo para ficar ereto, ele repetiu o gesto e me jogou lá de cima. Popó estava inquieto porque ficara seis meses sem ser montado. Vendi-o. Ele está pagando. Tinha vida mansa, agora está ralando para burro, puxando carroça. (Risos)”


Mais um triste exemplo da finalidade à qual são destinados os animais: o cavalo servira de escravo durante uma década. Nenhum direito lhe era concedido, apenas o dever se manter submisso às ordens de quem o tutelava. Com a liberdade totalmente tolhida, não se permitia a possibilidade ao animal de agir conforme a sua natureza, assim como ocorre com a maioria dos equinos sob responsabilidade humana: ou servem para puxar carroça, ou de montaria, ou como meio para apostas, jogos ou corridas. Não se cogita, por exemplo, que um dia o animal tenha uma dor, uma indisposição, como todo ser humano, vez por outra, também tem. Considera-se o animal uma máquina pronta para trabalhar, com suas próprias vontades e direitos desconsiderados por completo.


Quando o cavalo se rebela por um dia, o que é perfeitamente compreensível (afinal qual escravo não sonhou com a abolição e planejou fugas durante toda sua vida?), seu tutor revela a relação descartável com quem lhe fora fiel por tantos anos: castiga-o, como se o que cometera fosse um crime, e o coloca em situação ainda pior, à mercê de maus-tratos, mais sofrimento ao destinar-lhe a puxar carroça. E ainda por cima faz chacota da situação.


Caso queira manifestar sua indignação, o e-mail é: revistaoglobo@oglobo.com.br

15 de março de 2010

ESTUDOS RELACIONAM VIOLÊNCIA E AGRESSÕES CONTRA ANIMAIS


Assassinos em série mataram ou torturaram animais, quando crianças. Esta conclusão foi o resultado da análise da história de vida desses criminosos, realizada nos Estados Unidos pelo Federal Bureau of Investigation (FBI, a polícia federal norte-americana), na década de 1970. Pela primeira vez, a relação entre crueldade contra animais e crueldade contra pessoas foi reconhecida no país.

Hoje considerada como sinal de distúrbios psiquiátricos, a crueldade animal virou tema de livro para adolescentes. Publicado em julho de 2001, pela HSUS (sigla para Sociedade Humanitária dos Estados Unidos), uma das maiores organizações de proteção animal do mundo, Understanding Animal Cruelty (Entendendo a crueldade contra o animal) está disponível no website da entidade.


A publicação, dirigida também a professores, examina conceitos e causas associadas ao problema, leis sobre maus-tratos de animais e a relação entre esse tipo de crueldade e a violência doméstica. Há ainda questões que incentivam o pensamento crítico e sugestões de atividades a serem desenvolvidas pelo próprio leitor.


Um estudo nacional sobre o perfil dos casos de crueldade animal nos Estados Unidos, conduzido pela HSUS, em 2000, descobriu que 94% da crueldade animal intencional foi cometida por homens; 31% dos responsáveis tinham 18 anos ou menos.


"Agressores sexuais juvenis e suas experiências com pets", um estudo desenvolvido pelo Departamento de Psicologia da Universidade de Erlangen, na Alemanha, também demonstrou a conexão entre violência contra animais e violência contra o homem. O trabalho foi apresentado durante a 9ª Conferência Internacional sobre as Interações Homem Animal, em setembro, no Rio de Janeiro, e deve ser publicado até o final do ano.


QUEM MALTRATA ANIMAIS MALTRATA HUMANOS


Barnard (2000) refere haver várias razões psicológicas para a perpetuação do abuso: falha da inibição (crianças que não conseguem controlar seus impulsos agressivos contra animais, freqüentemente crescem e tornam-se adultos que têm dificuldade em inibir esses impulsos contra pessoas; tipicamente, ou seus pais falharam ao tentar controlar o comportamento agressivo ou realmente foram incentivados nesse comportamento com recompensas. Agressividade não é usualmente devido ao sadismo, pois pode-se ter um impulso agressivo, o problema é a deficiência em interromper a progressão da ação desse impulso.


O autor refere aqui participantes de rinhas de galo e de brigas de cães, e a maioria dos pesquisadores que utilizam animais, pois seus valores foram desenvolvidos em uma cultura cuja ciência não reconhece o sofrimento, e nutrem defesas contra o reconhecimento do sofrimento de seres sencientes não-humanos. O autor postula que, se fosse apenas sadismo, uma grande mudança de personalidade deveria ocorrer para que reconhecessem a crueldade de seus atos, mas aprendendo sobre as conseqüências de suas ações muitos foram levados à diminuição dos seus impulsos agressivos); racionalização (o autor cita que há uma forte tendência em defender o que é habitual, e racionalizar permite encontrar razões para explicar as ações. Nessa instância, dissecações são racionalizadas como uma simples e permitida experiência escolar. A racionalização piora quando há fatores econômicos envolvidos); animais como lembranças da fase infantil (crianças naturalmente reconhecem os fatores comuns entre diferentes espécies, sentem um vínculo com animais, e incorporam esse vínculo as suas brincadeiras e histórias.


Quando crescem, as crianças tendem a deixar as relíquias da infância para trás. Portanto, associações com animais podem trazer desconforto principalmente aos homens, pois se preocupar e cuidar do sofrimento de animais pode trazer de volta a infância que ele está tentando esquecer. Algumas pessoas usam perversamente a imagem de animais ou as envolvem em suas atividades cruéis como parte de sua luta no reconhecimento da fase adulta - como significado de masculinidade.


O autor reconhece que, felizmente, as pessoas aprendem sobre as complexidades dos não-humanos e seus papéis no desenvolvimento no mesmo plano que o delas, e uma apreciação das outras formas de vida rapidamente torna-se uma marca de sofisticação e não de infantilidade); dominação e estratégias entrelaçadas (machos humanos também são preocupados com a exibição de força que indique sua adequação genética. O jogo da dominação é importante na caça e especialmente em rodeios, onde virtualmente cada uma das modalidades envolve arremessar animais ao chão, amarrando-os, e imobilizando-os. Essas exibições de dominância são intencionais, talvez inconscientemente, para impressionarem as fêmeas e competir com os outros machos); protelando a autoridade (muitas pessoas assumem que doutores e cientistas possuem conhecimento, e julgamento moral, superiores à média humana); fantasias sobre animais (as pessoas projetam seus impulsos agressivos sobre os animais.


Felinos são geralmente vistos como furtivos ou indiferentes, provavelmente por causa de seus músculos faciais que não permitem tantas expressões como cães e primatas. O autor sugere não ser um sentimento óbvio, e para as pessoas para quem hostilidade é o maior problema tendem a imaginar esse sentimento refletido nos gatos, ou a projetarem seus impulsos agressivos sobre eles. Pessoas que torturam animais vitimizam gatos muito mais freqüentemente do que cães. E porque há uma associação entre felinos e mulheres, homens que são violentos contra mulheres geralmente abusam de gatos também.


Fantasias negativas sobre animais tendem a exagerar características relevantes e a conduzir ações contra eles); pensando em apenas duas categorias (crianças tendem a categorizar o mundo em termos de extremos como bom vs. mau; nós vs. eles; claro vs. escuro; preto vs. branco. Uma maior maturidade é necessária para perceber as tonalidades de cinza. Pensamentos nós vs. eles podem ter continuidade na fase adulta - o que pode ser explorado por políticos e diretores de cinema. Diferenças entre homens e animais podem parecer oprimir similaridades e confina-os em uma categoria distinta da humana. Esse tipo de pensamento leva ao preconceito, mesmo que moralmente relevante, como base de decisões éticas).


Na infância ocorre um desenvolvimento da capacidade de agir sobre um impulso antes do desenvolvimento da capacidade de inibir ou modular essa ação. Nós renunciamos ao canibalismo, humanos escravos foram libertados, e depois de tudo pelo qual a humanidade passou e depois de tudo o que realizou, espancar a esposa e maltratar animais é inaceitável. A humanidade, como animais, está apenas emergindo da fase de balbuciar e destruir, e um dia olhará para trás com embaraço e vergonha do sofrimento que causou por tão longo tempo (BARNARD, 2000).Com a negligência no que se refere à sensibilidade dos animais anda-se meio caminho até a indiferença a quanto se faça a seres humanos (Ementário 1902 do STF - 03/06/97) (FALABICHO, 2001)


EXISTE UMA RELAÇÃO ENTRE CRUELDADE COM SERES HUMANOS E COM ANIMAIS?


Muitos assassinos em série começaram matando animais. Pesquisas norte-americanas mostram que a crueldade animal pode ser sintoma de uma mente doentia.


Em 1998, Russell Weston entrou no Capitólio, puxou uma arma e começou a atirar ao redor. Quando terminou, dois policias estavam mortos e um visitante ferido. Poucas horas antes, Weston já havia atirado numa dúzia de gatos de rua alimentados por seu pai.


Ally Walker, estrela da televisão norte-americana, tem certeza de que os dois acontecimentos estão relacionados e que Russel não é um caso isolado. Em um documentário na TV, ela procura esclarecer que a violência contra animais muitas vezes antecede a violência contra pessoas. "Segundo dados do FBI, 80% dos assassinos começaram torturando animais", afirma Ally.
Relacionamos abaixo o nome dos criminosos, os crimes que cometeram e a crueldade anterior aos animais:


Albert de Salvo (O Estrangulador de Boston): Assassinou 13 mulheres.
Na juventude prendia cães e gatos em jaulas para depois atirar flechas neles.

Brenda Spencer: Uma colegial que matou duas crianças nos EUA.Costumava se divertir ateando fogo na cauda de cães e gatos e ninguém deu muita importância a isto.

David R. Davis: Assassinou a esposa para receber o seguro. Matou dois poneys, jogava garrafas em gatinhos, caçava com métodos ilegais.

Edward Kemperer: Matou os avós, a mãe e sete mulheres. Cortou dois gatos em pedacinhos.

Henry L. Lucas: Matou a mãe, a companheira e um grande número de pessoas. Matava animais e fazia sexo com os cadáveres.

Jack Bassenti: Estuprou e matou três mulheres. Quando sua cadela deu cria enterrou os filhotes vivos.

Jeffrey Dahmer: Matou dezessete homens. Empalava sapos quando crianças e matava animais deliberadamente com seu carro.

Johnny Rieken: Assassino de Christina Nytsch e Ulrike Everts. Matava cães, gatos e outros animais quando tinha 11 ou 12 anos.

Luke Woodham: Aos 16 anos esfaqueou a mãe e matou a tiros duas adolescentes.
Incendiou seu próprio cachorro despejando um líquido inflamável na garganta e pondo fogo por fora e por dentro ao mesmo tempo. "No sábado da semana passada, cometi meu primeiro assassinato. A vítima foi minha querida cachorra Sparkle. Nunca vou esquecer o uivo que ela deu. Pereceu algo quase humano. Então nós rimos e batemos mais nela". Esta frase foi extraída do diário de Luke Woodham.

Michael Cartier: Matou Kristen Lardner com três tiros na cabeça.
Aos quatro anos de idade puxou as pernas de um coelho até saírem da articulação e jogou um gatinho através de uma janela fechada.

Peter Kurten (O Monstro de Düsseldorf): Matou ou tentou matar mais de 50 homens, mulheres e crianças. Torturava cães e fazia sexo com eles, enquanto os matava.

Randy Roth: Matou duas esposas e tentou matar a terceira. Passou um esmeril elétrico em um sapo e amarrou um gato ao motor de um carro.

Richard A. Davis: Assassinou uma criança de doze anos. Incendiava gatos.

Richard Speck: Matou oito mulheres. Jogava pássaros dentro do elevador.

Richard W. Leonard: Matava com arco e flecha ou degolando. Quando criança a avó o forçava a matar e mutilar gatos com sua cria.

Rolf Diesterweg:O assassino de Kim Kerkowe e Sylke Meyer. Na juventude matava lebres, gatos e outros animais.

Theodore R. Bundy: Matou 33 mulheres. Presenciava o avô sendo cruel com os animais.

Entretanto, mais assustadores ainda são os recentes tiroteios em diversos colégios dos Estados Unidos. Todos eles têm algo em comum: os adolescentes criminosos já se haviam destacado anteriormente por atos de violência contra animais. Encarregados da Proteção aos Animais estão cientes desta tendência. Em São Francisco os funcionários já são orientados para reconhecerem o abuso infantil baseado na sua relação com o abuso animal. Segundo dados da Comissão de Combate ao Abuso Infantil, os moradores da cidade muitas vezes denunciam com maior rapidez o abuso contra animais porque são visíveis.


Segundo Ally Walker, "o abuso contra animais é um crime a ser levado a sério com conseqüências graves para todos". Em seu papel de apresentadora de TV a atriz espera ajudar a chamar a atenção da população para sinais precoces de comportamento assassino e, desta forma, salvar vidas — de animais e de pessoas.


Fontes: Pet Abuse - The Cruelty Connection por Beverley Cuddy - PetSite via PEA

9 de março de 2010

LIVRO MOSTRA QUE PEIXES SENTEM DOR E TEM SENTIMENTOS

Para muita gente, o peixe não passa de uma rica fonte de proteínas sem sentimentos. Mas um livro polêmico revela que os cientistas acreditam que esse animal, que já foi símbolo de estupidez, não só sente dor como possui uma vida emocional complexa.

A autora do livro Os peixes sentem dor?, Victoria Braithwaite, explica que não existe um motivo lógico por que as pessoas não devam tratar esses animais com a mesma consideração que dão aos mamíferos e pássaros.
O livro não foi escrito por um vegetariano radical, mas por uma bióloga marinha imparcial… e que come peixe.


Mas a conclusão de Victoria é surpreendente porque não estamos acostumados a ver os peixes como criaturas conscientes, revelou o jornal inglês DailyMail nesta segunda-feira (8).


A “face” sem expressão dos peixes, sua falta de membros e seu ambiente aquático meio alienígena tornaram difícil saber se eles deveriam ser tratados no mesmo nível dos pássaros, répteis e mamíferos ou agrupados junto a vermes, insetos e lagostas.


Os mamíferos possuem detectores de dor especializados, chamados nociceptores, que transmitem sinais ao cérebro quando eles se ferem. Os peixes também.


Para descobrir se os peixes sentem dor, a autora fez várias experiências. Ela injetou veneno de abelha e vinagre em volta da boca de alguns peixes.


Aqueles que receberam o veneno reagiram de forma diferente dos que não receberam as injeções – eles ficaram com a área irritada e perderam o interesse em comida até que o efeito do veneno passasse.


Experiências recentes feitas pelo biólogo marinho Peter Laming, de Belfast, na Irlanda, mostraram que o caminho da dor existe no peixe dourado, conectando receptores no couro, por meio da medula espinhal, ao cérebro.


Cientistas espanhóis descobriram que o peixe dourado, conhecido por sua estupidez, é capaz de aprender e de lembrar de seu caminho no meio da confusão.


Os chichlids-macho, peixes tropicais de água doce agressivos, são capazes de avaliar a habilidade de luta de seus potenciais rivais só de observar brigas anteriores.


Esta habilidade de criar um ranking mental é chamada de inferência transitiva, uma capacidade que o ser humano só atinge aos quatro anos de idade.


PEIXES


Os peixes pertencem ao reino animal e, dentro deste, são vertebrados. São seres aquáticos poiquilotérmicos (de sangue frio), que possuem corpo fusiforme, membros em forma de barbatana suportados por estruturas ósseas ou cartilaginosas, e guelras ou brânquias, com que respiram o oxigênio dissolvido na água.


Os primeiros peixes surgiram há cerca de 500 milhões de anos e eram semelhantes as lampreias atuais. Posteriormente, há aproximadamente 400 milhões de anos, surgiram os peixes com esqueleto cartilaginoso. Mais recentemente, há perto de 250 milhões de anos, surgiram os primeiros peixes com esqueleto ósseo. Existem mais de 29.000 espécies de peixes, o que faz deles o maior grupo dos vertebrados, subdividido em:


- Peixes ósseos (Osteichthyes, com mais de 22.000 espécies), a que pertencem as sardinhas, as garoupas, o bacalhau, o atum e, em geral, todos os peixes com esqueleto ósseo;


- Peixes cartilaginosos (Chondrichthyes, mais de 800 espécies), a que pertencem os tubarões e as raias;


- Vários grupos de peixes sem maxilas (antigamente classificados como Agnatha ou Cyclostomata, com cerca de 80 espécies), incluindo as lampreias e as mixinas (peixe-bruxa).


Os peixes encontram-se em praticamente todos os ecossistemas aquáticos, tanto em água doce como salgada. Ao contrário da maior parte dos vertebrados, os peixes crescem continuamente durante toda a sua vida, embora a taxa de crescimento diminua acentuadamente após a primeira reprodução.


O SISTEMA NERVOSO DOS PEIXES


O sistema nervoso dos peixes é complexo e sofisticado. A maioria possui o sentido da visão muito desenvolvido, podendo distinguir cores e comprimentos de onda, desde o infravermelho ao ultravioleta. Contudo, esta capacidade vai diminuindo conforme aumenta a profundidade, em virtude da luz insuficiente. O olfato também é muito desenvolvido em algumas espécies. Os salmões e outros peixes migradores apresentam o fenômeno homing, ou seja, voltam sempre ao rio onde nasceram para se reproduzirem.
Está cientificamente provado que estas espécies “memorizam” o odor da água do rio onde nasceram, para um dia poderem voltar. Em muitas espécies, as papilas gustativas não se limitam a cavidade bucal, estão também noutras partes do corpo. Os ouvidos, além de permitirem a percepção de sons, funcionam também como órgãos do equilíbrio. Os peixes tem sistemas organizados de comunicação entre si. Emitem substâncias de alarme em presença de predadores, induzindo a formação de cardumes para confundir os atacantes, ou permitindo a fuga de outros indivíduos da sua espécie.
Na altura da reprodução parece haver também comunicação química. Supõe-se que as hormonas libertadas pelos machos induzam a ovulação das fêmeas. Estes animais desenvolveram também receptores químicos ao longo do seu organismo, que lhes permitem detectar as mudanças de corrente da água e as mais delicadas vibrações, indiciadoras da aproximação de predadores.

AFINAL, OS PEIXES SOFREM?
Pelo acima exposto, e que tem sido consubstanciado por estudos levados a cabo nomeadamente por cientistas Ingleses, a resposta é simples:

Sim, os peixes sofrem.
Enquanto criaturas do reino animal, dotadas de um sistema nervoso central, os peixes possuem um sistema de dor que é anatômica, fisiológica e biologicamente semelhante ao das aves e outros animais. Os peixes reagem a sensações de dor e de prazer e, na verdade, partilham até semelhanças com o sistema nervoso dos seres humanos, já que algumas espécies possuem neurotransmissores como as endorfinas, que induzem a sensação de bem-estar e de alívio da dor. Logicamente, se os seus sistemas nervosos produzem analgésicos naturais, é porque estão predeterminados para sentirem dor.

Os referidos estudos constatam que a morte por laceração dos tecidos, sangramento e asfixia (que caracterizam a pesca) é extremamente cruel, e fonte de grande sofrimento para estes animais, não apenas físico, mas também psicológico. Ao reagirem a dor, os peixes sentem também estresse emocional e apresentam uma série de espasmos e movimentos de contorção muito semelhantes ao comportamento dos vertebrados superiores, como os mamíferos, em iguais circunstâncias. E embora inaudíveis para os seres humanos, alguns peixes emitem sons para exprimir a sua agonia, conforme concluem pesquisas conduzidas por várias universidades dos Estados Unidos.

Sabe-se hoje que os peixes são animais inteligentes e que algumas espécies apresentam fenômenos interessantes ao nível da memória, da capacidade de aprendizagem e até da antecipação do sofrimento. Com efeito, alguns dos estudos feitos constataram que os peixes, não só emitiam uma espécie de grunhido ao serem submetidos a choques elétricos, como grunhiam a simples visão do elétrodo, numa clara antecipação do sofrimento que dessa forma lhes ia ser infligido.



Mais informações sobre o assunto: http://www.cahiers-antispecistes.org/spip.php?article338

4 de março de 2010

1º DELEGACIA DE PROTEÇÃO AOS ANIMAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

É de Campinas a 1ª Delegacia de Proteção aos Animais do Estado de São Paulo. Parabéns a todos os ativistas e políticos que participaram desta vitória.

Fonte: Vista-Se