27 de janeiro de 2010

EM ALGUMAS REGIÕES DE SP E MS, ANIMAIS SILVESTRES PODEM SER EXTINTOS DENTRO DE CINCO ANOS

A Econg, entidade regional de meio ambiente, divulgou o resultado de uma investigação feita pela ONG nos últimos meses de 2009, sobre o desaparecimento gradual de varias espécies de animais silvestres nas regiões noroeste e alta paulista no estado de São Paulo e na chamada Costa Leste do Mato Grosso do Sul.

Para o Conselho Diretor Técnico da entidade, o processo de extermínio dos animais silvestres, pela caça, tráfico, destruição de habitat e dos recursos hídricos, aliado à inércia, e muitas vezes o conluio do estado, vai fazer desaparecer em definitivo várias espécies de animais de nossa região, de grande, médio e pequeno porte como anta, onça-parda, lobo-guará, tamanduás, tatus, ariranhas, veados, pacas, cotias, répteis como jacarés, sucuris, jabutis, jiboias e aves como araras, periquitos, curicacas, urutaus, saracuras, gaviões, tucanos, além de peixes, aracnídeos, insetos, entre outros animais.

O extermínio, segundo a Econg, é maior onde se instalam empresas de alto impacto ambiental, muitas infratoras ambientais em suas origens, e chegam à região contando com a conivência de muitos órgãos ambientais, aliado ao fato de que os poderes executivos e legislativos são grandes cúmplices porque compactuam com o tal “desenvolvimento a todo custo”. Se algum órgão oficial tem boa vontade para agir, ela não terá estrutura física e material e muito menos autonomia política para reprimir os grupos de criminosos ambientais, que acabam, por esperteza, financiando obras que deveriam ser específicas de verbas públicas, gerando assim suspeitas na população.

A Econg acusa também o Incra pela ausência de políticas ambientais junto aos assentamentos rurais, desprovidos de assistência; nesta área quase todas as reservas da região tornaram-se campos de caça de animais silvestres. O Incra não averba as áreas de sua responsabilidade, tem sido inerte na punição de invasores de reservas, não tem trabalho educativo real e permanente que impeça a destruição da fauna, flora e recursos hídricos nos assentamentos.

Áreas sob responsabilidade da CESP estão abandonadas, sem fiscalização, sem proteção dos seus limites, tornam-se verdadeiros campos de extermínio de animais silvestres como as áreas de APP às margens do rio Paraná, muitas vezes mortos para serem consumidos como petiscos em estabelecimentos comerciais da região.

Para Roberto Franco, presidente da Econg, as unidades de conservação da região, inclusive os Parques Estaduais do Aguapeí e do Peixe, também estão seriamente ameaçados e estão sendo invadindo por pescadores, caçadores e traficantes de animais silvestres.

Franco denuncia empresas sem nenhuma responsabilidade ambiental que se estabelecem na região, sem as licenças ambientais, ou com Eias/Rimas montados por consultorias fajutas, e Três Lagoas é uma referencia nesse descalabro, e os efeitos dessa insanidade já são sentidos pelos cidadãos de toda a região. No rio Paraná peixes morrem sem que se conheçam as causas.

A entidade afirma que os grandes grupos econômicos que se estabelecem na região estão transformando-a em um enorme chiqueiro industrial e num impiedoso matadouro da fauna, flora e recursos hídricos, e o estado desempenha o seu papel de cinismo e indiferença.A entidade organiza uma conferência regional com ONGs ambientais da região sobre o assunto.

(Fonte: ANDA)

24 de janeiro de 2010

PITBULLS ENCALHAM NAS FILAS DE ADOÇÃO

A equivocada fama de violentos e, muitas vezes, mortais, faz com que os cães da raça pitbull sofram. E há quem empurre os animais à segregação. Nos CCZs (Centros de Controle de Zoonoses) do Grande ABC (SP), eles quase predominam entre os cães de raça abandonados.
Atualmente, mais de 35 animais aguardam por adoção no Grande ABC. “É um cachorro de grande porte, que tem o histórico ligado a agressões. É só a mídia divulgar algum acidente com pitbull que há abandonos”, conta a veterinária Melissa Vautier, coordenadora do CCZ de São Caetano, que abriga um total de 39 cães, cinco deles pitbulls.

Santo André tem nove cachorros desta raça disponíveis para adoção. Mas o número maior destes cães está no CCZ de São Bernardo. Dos cerca de 50 animais abrigados no local, 17 são pit bulls. Cinco deles têm histórico de agressão e foram devolvidos pelos antigos tutores.

“Eles ficam em observação por 10 dias, para verificarmos sinais de raiva. Depois analisamos o comportamento do animal. Se ele teve apenas aquele momento agressivo ou se (a violência) faz parte do seu temperamento”, explica o veterinário Blonis Ariel Rossi.

A maior parte destes cães fica mais de um ano nos CCZs até conseguir um novo lar. Exceção feita aos filhotes, que encontram mais facilidade e acabam adotados em pouco tempo. “Tivemos quatro filhotes que foram escolhidos em apenas 30 dias. As pessoas não conhecem o passado do cão adulto e, então, preferem os novos para poderem educá-los”, afirma Melissa.

Rossi conta que algumas adoções duram apenas poucos dias, e os cachorros acabam devolvidos ao CCZ. “Esta semana mesmo teve o caso de uma pessoa que levou um pit bull e veio devolver três dias depois alegando que, no início, o cão estava tranquilo e, depois, demonstrou sinais de agressividade.”

Além da superlotação em todos os CCZs da região, a grande quantidade de pit bulls tem causado transtorno nos canis porque, além de dificilmente serem adotados, os cães desta raça têm convivência complicada com outros cães. “Tudo está bem e, de repente, sem nenhum motivo, o pit bull acaba agredindo outro cachorro”, afirma Rossi.

Abandono de cães é crime e pode resultar em multa e detenção

O abandono de um cão do porte do pitbull pode acarretar consequências sérias ao tutor: desde multa a até prisão, segundo a lei de crimes ambientais, que prevê pena de até 3 anos de detenção em caso de exposição da Saúde pública a perigo grave.

O simples fato de abandonar um cachorro é crime de maus-tratos e omissão de cautela na guarda de animais, geralmente punido com multa ou penas alternativas. Se o cão agredir alguém, o tutor é responsabilizado e pode ser enquadrado no crime em lesão corporal, se a vítima prestar queixa. “O tutor responde no lugar do animal”, explica o delegado Nelson Caneloi Junior.

Denúncias sobre cães abandonados e informações sobre guarda de animais podem ser obtidas nos CCZs (Centros de Controle de Zoonoses) das cidades da região e nas páginas de entidades de defesa dos animais na internet.

Com informações do Diário do Grande ABC

Nota da Redação: A agressividade de um animal, seja da raça e da espécie que for, só é desenvolvida se estimulada. Uma guarda responsável significa oferecer ao animal os cuidados necessários para o seu bem-estar e uma educação amorosa e responsável, que consiste em estimular nele comportamentos saudáveis. Por sua constituição física, o pitbull acabou sendo uma das grandes vítimas da negligência e agressividade humanas. Tanto pitbulls como seres humanos podem ser afetuosos e excelentes companhias - a educação é que vai fazer toda a diferença como fator determinante.
(Fonte: ANDA)

22 de janeiro de 2010

ELEFANTES SÃO OBRIGADOS A JOGAR BASQUETE NA TAILÂNDIA

Dois elefantes chamados Malie e Toktak são induzidos e obrigados a fazer algo totalmente alheio à sua natureza: jogar basquete. A cena foi flagrada em Koh Samui, na Tailândia.
De acordo com os exploradores, os elefantes precisam passar por um rígido treinamento de três meses para “pegar as habilidades” do esporte. O que os treinadores consideram como adestramento é, na realidade, submeter esses animais a condições precárias de esforço, com uma rotina artificial e incompatível com seu comportamento natural.

Nota da Redação: Humanizar os animais é resultado de um processo doentio do ser humano. Qual seria o interesse de um animal em aprender a jogar basquete? Será que o ser humano não está ultrapassando os limites da sanidade ao obrigar animais a “desenvolver habilidades”, apenas para o entretenimento humano? Os animais não humanos possuem necessidades distintas das necessidades dos animais humanos. As diferenças devem ser respeitadas e a soberania de impor aos animais que façam isso ou aquilo deve ser abandonada: definitivamente.

(Fonte: ANDA)

19 de janeiro de 2010

AMIZADE ENTRE ESPÉCIES

PIT BULL E PINTINHOS 1º DIA



PIT BULL E FRANGUINHOS - 1 ANO DEPOIS


PIT BULL E GATINHO


(Fonte: YouTube)

17 de janeiro de 2010

PESSOAS QUE ADOTAM ANIMAIS ABANDONADOS REVERTEM TRAUMAS CAUSADOS POR ANTIGOS TUTORES



Assim como agosto é chamado o mês do cachorro louco, o verão é a estação do cachorro abandonado. Muita gente viaja, não tem onde deixar o bicho e prefere abrir mão dele. A Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), que abriga 8 mil cães e gatos no Rio de Janeiro, costuma acolher em média quarenta animais abandonados por dia – no verão, o número sobe para sessenta. Calcula-se que haja no planeta 250 milhões de cães domésticos, 32 milhões deles no Brasil – a segunda maior população canina do mundo, atrás apenas da dos Estados Unidos. Além das férias, entre os motivos mais frequentes que levam muitos tutores de cachorros a abandoná-los estão a mudança da família para uma casa menor, a perturbação causada pelos latidos e o desconhecimento das responsabilidades que são assumidas ao se criar um animal.

Lançar mão de entidades como a Suipa é a opção de muita gente que deseja renunciar ao seu bichinho, mas existem outros recursos menos convencionais – para não dizer cruéis. É comum que os cães sejam simplesmente largados nas ruas e estradas. Há quem lance mão de um truque desonesto: levar o cachorro ao pet shop, para tomar banho, e não voltar para recolhê-lo. Cansados de receber calotes desse tipo, há três meses os proprietários do Pet Center Marginal, em São Paulo, passaram a exigir a apresentação de identidade dos clientes. Dessa forma, podem rastreá-los caso desapareçam. “As pessoas traziam o animal aqui para banho ou tosa e nunca mais vinham buscá-lo”, conta Valéria Bento, gerente do estabelecimento.

Para o cão, o abandono por parte do tutor é uma experiência devastadora, da qual ele dificilmente se recupera. Os cachorros, como seus ancestrais, os lobos, são programados pela evolução para seguir o líder da matilha. No caso dos cães de estimação, esse líder é o tutor – sem ele, o animal fica desorientado e perde suas referências. Muitos recusam comida, entram em depressão e chegam a morrer de tristeza. “Quando o cão tem um líder e o perde, vive uma eterna busca para obtê-lo de volta”, diz Hannelore Fuchs, veterinária e psicóloga de animais, de São Paulo. A única forma de reverter a carência e a aflição dos cães abandonados é encontrar-lhes um novo tutor. Esse é o papel dos autodenominados protetores independentes, pessoas que, sem o apoio de instituições, recolhem cachorros das ruas, dão abrigo, alimento e vacina aos bichinhos e depois correm atrás de um novo lar para eles.

A atriz carioca Betty Gofman é uma das pessoas engajadas nessa causa. Três anos atrás, ela viu uma cadelinha em meio a uma poça de lama na estrada. Sentiu pena, mas passou reto. Quando decidiu voltar para resgatá-la, soube que havia sido atropelada. A experiência fez com que começasse a recolher animais abandonados nas ruas. “Tenho um acordo com meu marido de pegarmos, no máximo, dois cachorros ou gatos por vez. Nos últimos três anos, já consegui lar para mais de 100 animais e fico com eles o tempo que for preciso”, conta Betty, que tem seis animais de estimação permanentes. O trabalho do biólogo Lito Fernandez, de São Paulo, tomou proporções ainda maiores. Depois de encher a casa de animais – já chegou a ter oitenta bichos juntos e a contratar pessoas para ajudá-lo na manutenção –, ele organizou o Projeto Natureza em Forma, que promove a adoção de animais abandonados. O projeto funciona há seis anos, conta com 25 voluntários e já conseguiu lar para 2.200 cães. Fernandez recolhe os animais no Centro de Controle de Zoonoses e os leva a feiras e eventos onde possa haver pessoas interessadas em adotá-los.

Um fator que colabora para elevar o número de cães abandonados é que, de tempos em tempos, torna-se moda possuir um animal de determinada raça. Desde que a collie Lassie fez sua estreia nas telas de cinema, em 1943, basta uma raça ganhar os holofotes para que a procura por seus espécimes aumente. Passado o modismo, muitos tutores não querem mais saber de exibir o animal, ou acham que ele dá muito trabalho. Há três anos, o empresário paulista Marcelo Januário leu o best-seller Marley & Eu, do americano John Grogan, em que os protagonistas são um labrador e seu tutor, e se entusiasmou com a ideia de comprar um cão da mesma raça. Pagou 630 reais por um filhote de fêmea, mas, dois anos depois, precisou doar o animal. “Ela passava muito tempo sozinha, então comia desde sapatos até o controle remoto, destruiu o sofá e latia a noite toda. Eu a adorava, mas não tinha noção do trabalho que dava”, explica Januário.

Para estimular a guarda responsável de animais e diminuir o abandono de cães nas ruas e abrigos, há dois anos o governo suíço promulgou uma lei curiosa. Quem compra um cachorro, além de registrá-lo, precisa fazer um curso que envolve teoria (necessidades e desejos dos animais) e prática (situações que podem acontecer durante um passeio com o animal, por exemplo). Abandonar o melhor amigo do homem não é hábito só dos brasileiros.

(Fonte: Veja.Com)

15 de janeiro de 2010

PINGUINS SOFREM IMPACTO DO AQUECIMENTO GLOBAL

Símbolo da fauna antártica, os pinguins, juntamente com skuas, focas, albatrozes e pretéis, são as figurinhas mais fáceis de se encontrar no continente gelado; ou eram. Pesquisadores brasileiros somam esforços para entender o que está ocorrendo com a fauna na Antártida, se realmente há uma diminuição na quantidade das espécies e por qual motivo. E, também, se a interferência do homem no meio antártico (as bases e pesquisadores que também causam impacto no ambiente) tem responsabilidade pela morte ou migração da fauna para outros lugares e até continentes.

Com a abertura do continente para pesquisa, além do impacto gerado, pesquisadores aproveitam para conhecer melhor esses “seres do gelo”: como vivem, seu sistema imunológico e suas características.
E, para quem ainda se pergunta: “qual a importância de um país tropical estudar a fauna antártica?”, a resposta vem dos próprios pesquisadores entrevistados in loco e aqui no Brasil. Como explicaram, muitas das descobertas por meio da investigação e acompanhamento da fauna do continente serviram para entender melhor a própria fauna tropical, além de abrir caminho para diagnósticos até de saúde, já que muitos desses animais possuem uma cicatrização muito rápida e têm um processo de retenção e acúmulo de gordura para sobreviver nas mais baixas temperaturas da Terra. Enquanto biólogos, oceanógrafos e veterinários buscam respostas coletando amostras no continente; na costa litorânea brasileira recebemos alguns desses ‘ilustres’ visitantes. Se perdidos do bando ou fugindo atrás de alimentos, ainda não se sabe, mas muitos deles, infelizmente, são mantidos permanentemente em aquários, longe de seus habitats.

(Fonte: ANDA)

12 de janeiro de 2010

ONU ALERTA: EXTINÇÃO DOS ANIMAIS AFETARÁ O BEM-ESTAR DOS HUMANOS

Há oito anos, governantes de todo o mundo prometeram reduzir o ritmo da extinção de animais até 2010. O ano chegou e a promessa não foi cumprida, alertam as Nações Unidas, principalmente por causa do crescimento acelerado dos centros urbanos e dos campos de agricultura.

No lançamento do “Ano da Biodiversidade” das Nações Unidas, Achim Steiner, o diretor-executivo do programa ambiental da ONU (Unep), pediu aos governos de todo mundo que incluam a preservação das espécies em suas agendas oficiais.

A urgência da situação pede uma ação global para reduzir a rapidez com que os animais estão sendo extintos. “Precisamos restaurar a infraestrutura ecológica que foi tão degradada no último século”, afirmou.

Para as Nações Unidas, a perda das florestas e dos manguezais trará danos irreversíveis à saúde e ao bem-estar dos humanos. Cientistas acreditam que estamos no meio da sexta grande onda de extinção. A diferença é que as cinco primeiras foram causadas por desastres naturais, como asteroides ou vulcões, enquanto esta é causada pelos homens.

A perda da biodiversidade custa US$ 2,5 trilhões à economia global anualmente, segundo estimativas da ONU. A organização espera que em outubro, na conferência do clima no Japão, governantes assinem um documento legal se comprometendo com a preservação das espécies. Porém, após o fracasso de Copenhague, a expectativa das Nações Unidas é baixa. Entre os animais ameaçados de extinção nos próximos anos estão o urso-polar, o panda e o gorila-das-montanhas.
(Fonte: ANDA)