5 de novembro de 2009

CÃES ADOTIVOS TRANSFORMAM A VIDA DOS DONOS


Luke tinha poucos meses de vida, mas já estava condenada à morte. Doente e abandonada, a cadela vira-lata foi encaminhada ao Centro de Controle de Zoonoses de Rio Preto (CCZ) ainda filhote, no ano de 2004. Seu destino pairava entre a adoção e o sacrifício. Quando visitou o CCZ em busca de um cachorro, a funcionária pública Célia Papa, não teve dúvidas. “Ela me seguiu por todas as gaiolas. Foi amor à primeira vista.”

Cinco anos depois, Luke é um animal saudável, que não lembra em nada a cachorrinha doente. Mas Célia assegura que o que fez por Luke é pouco diante de tudo o que recebeu. “O amor é incondicional”, diz. Histórias como a de Célia se repetem no dia a dia. “Adotar um animal pode transformar uma vida. Eles são dóceis, companheiros, e têm um amor verdadeiro”, afirma Ione Cocenzo, da Associação Rio-pretense de Proteção aos Animais (Arpa).

“As pessoas ficam mais felizes, mais tranquilas quandos há animais de estimação por perto”, diz Mariana Peters Olívio, vice-presidente da ONG Proambi. As mudanças trazidas por Luke fizeram Célia também adotar Tigrito, Luna e Chulika, todos em condição de rua. “Eles são meus companheiros, estão sempre comigo. Não consigo imaginar minha vida sem eles.”

Seu marido, Emerson Luis da Silva, 34 anos, também se apaixonou pelos cães. “Se eu chego em casa e não ouço o latido deles, fico triste. Minha vida não teria mais sentido.” Deficiente visual, ele afirma se impressionar com a fidelidade dos animais. “Eles me ‘olham nos olhos’, e isso é muito importante para mim.”

Os cachorros também são considerados parte integrante e importante da família na vida dos publicitários Karina Aquino, 32 anos, e Alexandre Araújo, 35. “Foi um vira-lata, chamado Piloto, que ensinou a minha família a ser unida”, conta Karina. Ela se recorda, entre lágrimas, do primeiro animal de estimação, quando ainda era uma criança.

Hoje, ela e o marido dividem a rotina com Aragon, um lhasa apso, e Iron, um vira-lata. Aragon está com o casal há quatro anos. Desde então, ele virou mascote da empresa. “Para não deixá-lo sozinho, passamos a trazê-lo para a agência. Com a presença dele, o clima da empresa melhorou, os funcionários passaram a trabalhar mais leves e felizes”, diz Alexandre.

No início do ano, em uma caminhada a trabalho, ele deparou com Iron jogado em uma esquina. “Estava doente, à beira da morte. Não consegui deixá-lo.” O casal cuidou do cachorro e decidiu adotá-lo. No entanto, como ele é muito grande, não pode ficar no apartamento dos dois.

“Ele fica na agência, e nos finais de semana, a gente vem aqui pelo menos três vezes por dia passar o tempo com ele.” Mas, para ficar ainda mais perto do cão, decidiram alugar uma casa.
“Meu marido detesta casa. Ele ama morar em apartamento. Mas ele preferiu essa opção a ficar longe do Iron. Ele também é da família e precisa compartilhar nossos momentos.”
Saiba adotar o animalzinho

Cerca de 10 animais são abandonados por dia no CCZ. Só três são adotados. A resistência em adotar esbarra em vários pontos, segundo Mariana Olivio, vice-presidente da ONG Proambi. “Animal adulto, preto ou sem raça, demora para ser adotados.” Virgínia Lucia Sant’Anna, foi exceção: adotou a cadela Póka, que tem problema congênito nas patas. “Foi amor à primeira vista.

O problema na pata a torna ainda mais especial”, diz. Ela tem ajuda do filho Renato, 11 anos, para cuidar do bichinho. “Se pudesse, adotava todos”, afirma o menino. Para adotar na Proambi, entre no site www.proambi.org.br. No CCZ, basta ir ao local, sabendo que tipo de animal deseja e ter responsabilidade para cuidar dele. Informações (17) 3231-6494.
(Fonte: Diario Web)

2 comentários:

Proambi - Protetores do Amigo Bicho disse...

Nota da Proambi: a Póka é a nossa "modelo oficial" no site = )

Unknown disse...

Eles fazem + bem a nos do que a eles, são os nossos anjos..