
Inicialmente, Heron Santana faz uma análise dos argumentos utilizados pelo movimento de proteção animal, com destaque para o trabalho de Tom Regan e Gary Francione, principais responsáveis pela inserção da teoria do abolicionismo animal na agenda política. Em seguida o autor demonstra que a ideologia especista se fundamenta na crença de que os animais são destituídos de espiritualidade, sendo, portanto, seus interesses subordinados aos nossos. A partir de então, ele demonstra que, embora a Teoria da Evolução tenha provado que as diferenças entre homens e animais são quantitativas e não qualitativas, as ideias de Darwin ainda não estão refletidas na teoria do direito.
O foco principal do livro, porém, é oferecer uma interpretação jurídica que permita a inclusão dos animais no rol dos sujeitos de direito, concedendo personalidade jurídica aos grandes primatas e incluindo as demais espécies no rol dos entes jurídicos despersonalizados.
Além de uma revisão da jurisprudência nacional e estrangeira sobre o tema, enfatizando a importância da participação dos juristas no reconhecimento e definição dos limites do direito animal, o autor oferece um histórico sobre o status jurídico dos animais no Brasil, concluindo que, a partir de uma interpretação constitucional evolutiva, é possível considerá-los sujeitos de direito fundamentais básicos, dotados de capacidade processual para exigir esses direitos por legais representantes ou substitutos processuais.
(Fonte: ANDA)
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